terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tu me quebraste


Tu me quebraste e de repente
Eu, antigo e orgulhoso resistente,
Me vi enguiçado, enredado, emaranhado
Em labirintos que tanto temi
Desesperadamente ansioso e lento
Preocupadamente inválido e violento
Um pedaço de pó, deitado e amarrado
No caminho do vento

Tu me quebraste e de repente
Eu, que sempre me julguei livre,
Me vi manipulado, maltratado e atado
Por cordas calhordas que em vão roí
Alucinadamente detetive
Uma múmia que acha que vive
Vendo se enferrujarem os troféus de latão
Que na verdade eu nunca tive

Tu me quebraste e de repente
Eu, outrora espetacular
Me senti irado, errado, velado e revirado
No vale das interrogações sem ar
Incessantemente sempre a procurar
Interiormente sem me curar
Um cansado viajante que ao fim do percurso
Avista só as cinzas de seu lar

Tu me quebraste!
Mas aos poucos
Renasceu-me a infância
Na alma que honestamente chora
De alegria que irradia Teu amor

Porque Tu me quebraste, Senhor –
Mas não me jogaste fora!



Se você sente que Deus o tem quebrado nestes dias, não fique triste! Seu estado atual não é o definitivo. O bondoso Oleiro tem pensamentos de paz a seu respeito, para lhe dar um fim que, se pudesse imaginar, hoje mesmo você começaria a sorrir. Somente filhos são corrigidos pelo pai. Lembre-se disto: se Ele está nos quebrando é única e exclusivamente porque não desistiu de nós, e continua decidido a completar em nossas vidas a Sua boa obra, que é fazer-nos semelhantes ao Vaso transbordante, o amado Jesus!

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