terça-feira, 15 de maio de 2012

Desperta!



Meus favos são falhos
Meus ritos ridículos
Meus laços devassos
Meus elos flagelos
Meus passos escassos – sempre descalços
Minha paz incapaz
Minha cidade atrocidade
Minhas vacinas chacinas
Meus anos profanos
Minhas retinas cretinas
Meus planos insanos
Meus ombros escombros

Brusco, busco ar, busco pão
Mas neste deserto só tenho arpão!
As falsas palavras de
Algodão
São mais larvas que
Tudo tiram
E nada dão
Às artérias sem férias
Que não tropeçam na solução.

Eis no interno o fim dos recursos...
Lá fora é inverno, meus olhos são ursos

Ó Deus! Aperta-me a Ti bem junto
E desperta para Ti este defunto!