Meus favos são falhos
Meus ritos ridículos
Meus laços devassos
Meus elos flagelos
Meus passos escassos – sempre
descalços
Minha paz incapaz
Minha cidade atrocidade
Minhas vacinas chacinas
Meus anos profanos
Minhas retinas cretinas
Meus planos insanos
Meus ombros escombros
Brusco, busco ar, busco pão
Mas neste deserto só tenho
arpão!
As falsas palavras de
Algodão
São mais larvas que
Tudo tiram
E nada dão
Às artérias sem férias
Que não tropeçam na solução.
Eis no interno o fim dos
recursos...
Lá fora é inverno, meus olhos
são ursos
Ó Deus! Aperta-me a Ti bem
junto
E
desperta para Ti este defunto!