quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

José e a Presença que liberta


Temos pouquíssima noção da glória de Deus, porque não valorizamos Sua presença em nossas vidas. Pouco nos custa entristecer o Espírito Santo, como se pudéssemos ter vida fora Dele. Enquanto trocarmos Sua presença por qualquer coisa, seus sonhos não se realizarão em nossas vidas.

Impressiona-me José do Egito. Vendido como escravo pelos irmãos, perdeu a presença da família, da terra natal e do carinho do pai; contudo, "Deus era com ele". Quando tentado pela mulher de Potifar, sabe que o pecado o fará perder a presença de Deus e por isso não hesita fugir da presença do pecado. Tudo isso tem-lhe um custo: expulso pelo patrão ingrato, José perde a perspectiva, a credibilidade, perde até sua liberdade - mas está decidido a não perder a presença de Deus.
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Durante todo o tempo que esteve no cárcere (e foram anos), "Deus era com ele". Quando alguém tem essa presença, não é influenciado pelos ambientes nos quais tem de viver, mas influencia-os, mesmo silenciosamente. E quando os prisioneiros ilustres têm sonhos perturbadores, José imediatamente percebe que estão tristes. Presença de Deus traz sensibilidade para com o próximo. Presença traz discernimento e coragem para revelar sem gaguejos o destino dos homens, seja agradável ou terrível.

Anos mais tarde, quando o moleque já tem 30 anos, barbudo e esquecido no calabouço, é chamado às pressas à presença de Faraó, mas não se intimida - afinal, está acostumado à uma presença infinitamente mais gloriosa. "Quem encontraremos como ele, em que está o Espírito de Deus?", surge a pergunta. Realmente, nosso mundo faminto sofre e geme, ausente e carente de pessoas cheias do Espírito, homens e mulheres que, custe o que custar, não abram mão da presença divina, e que por isso serão conduzidos à glória que lhes foi prometida e reservada, desde o tempo em que todos zombavam do sonho recebido.

O caminho, peregrinos, passa por vales tenebrosos, de sombra e morte. Todavia, a luz brilha vitoriosamente sobre as trevas quando a fé ouve o sussurro calmo e acalmante de Emanuel, que gentilmente nos segreda: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". E não temeremos mal algum, porque Ele está conosco.

Mas... será mesmo que Ele está conosco? Temos valorizado Sua santa presença? O véu da separação já foi rasgado para termos acesso a Ele, rasgue-se hoje nossos corações para buscá-Lo.

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