segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Oração ao ler de Elias

Senhor, esta noite baixo-me ao chão para erguer a voz em pranto diante de Tua face. De todos os desesperos gerados em mim por Tua luz reveladora, o maior de todos é o de me descobrir longe do Teu querer para minha vida. Ah, como já tenho sofrido por não esperar por Ti, como em vão me debati embaraçado em teias que teci – mesmo com as melhores intenções em mente! Tu, por misericórdia, muitas vezes me livraste, mas duramente aprendi a não confiar mais em mim mesmo! Bem algum há em minha carne, e meus olhos são meus maiores enganadores (Rm 7.18).

Como preciso discernir o que tens para mim! Por Teu amor, suplico que me livres de levar cargas que não puseste em meus ombros, ou de abandonar o que me deste a levar. Não me deixes leve demais, Senhor, de modo que qualquer vento me desvie do Caminho, nem tão pesado a ponto de não poder prosseguir a caminhada. Nada menos nem nada mais – somente Tua porção para mim, e na medida que determinares, e no tempo que ordenares, e do modo que quiseres, e com quem Tu desejares! Que eu saiba falar ou calar, fazer ou esperar, e seja sempre capaz de ler corretamente aqueles momentos em que as letras de nosso alfabeto não existem. Intimidade Contigo, é o que peço!

Afina-me no teu tom, tange-me na Tua hora! Faz-me reconhecer o tempo de aparecer com Tua ousadia (1 Rs 17.1), e o tempo de me esconder quando mandares (17.3), e seja eu capaz de confiar em teus improváveis meios de sustento (17.4), e sábio para dar-te glória – na casa da viúva (17.13-24) ou no cume da montanha (18.30-46)! Ajuda-me a discernir Tua voz suave a conversar com meu coração amedrontado, no fundo da caverna do velho deserto, para em seguida vir para fora em obediência ao Teu chamado (19.11-13). Que eu ouça de Ti o que vês em mim, o que desejas comigo – e vá em seguida para onde me mandares (19.15-18). E, assim, com fraqueza mas franco arrependimento, mesmo sendo homem fraco como outro qualquer, eu possa alcançar a plenitude e a felicidade de viver aqui na terra a vida do céu (Tg 5.17,18)!

Até o dia em que, finalmente, com Teu redemoinho de fogo glorioso, Tu me eleves e leve leves para bem junto de Ti mesmo, ó Cristo do Deus vivo - total esperança da glória (2 Rs 2.11, Cl 1.27)!

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