domingo, 31 de julho de 2011
Conquista-me! Livra-me de mim
Não quero exigir qualquer trono
Apenas suplicar que sejas meu dono.
Conquista mais com Tua beleza
Este vasto coração infausto
Tão duro – mas tão sem firmeza!
O idioma destes ossos é ranger
E minha mente tornou-se coruja
Cuja vida é parar, empalhar, envelhecer...
Se preciso for, perfura-me e
Faz Tua água chegar a mim
Ou perfuma-me – mas põe Teu começo
No fim do meu fim
Está ficando tarde, preocupado há muito estou
Mas com as forças que restam
Ajuda-me a despir este pesado relógio
E em seu lugar tomar e levar a cruz
Em noites de coices, açoites e foices
Socorre-me, Cristo de Deus!
Enxerga e examina-me
Desarmando-me bombas que ainda não sei
As quais desejam me ver caveira.
Crava neste chão seco Tua bandeira,
Amor que floresce em jardim
E entre tantos “não, sempre não”
Presenteia-me o Teu bondoso “sim”
Conquista-me, quero chegar perto de Ti
E descobrir em Teu olhar minha casa,
Ir embora deste velho hospital
E sentir Teu abraço de amparo
Sem igual, sem igual
Livra-me de mim mesmo, ó Sorriso que cura!
A sabedoria de Deus é dos homens loucura
Pois amolece o coração... e ela dura!
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