Na caminhada cristã tenho observado duas maneiras opostas pelas quais nossa fé é fortalecida: a primeira é pela expectativa frustrada; a segunda, pela desesperança surpreendida.
A primeira ocorre quando o que você tanto espera não acontece do jeito ou no tempo esperado - ou pior, quando simplesmente não acontece. Meses, talvez anos de espera, e quando tudo parecia indicar que o aguardado havia chegado, as expectativas falharam brutalmente. Todavia, quando o chão some de debaixo dos pés, a fé aprende a estender as asas ocultas que Deus lhe deu e simplesmente pairar acima das explicações fáceis, populares, consensuais ou racionais. Isso ocorre quando abandonamos a exigência de compreender a razão divina ao permitir a frustração de nossa nobre expectativa - e a fé sai fortalecida, pois abandonou o ninho da baixa compreensão humana e seus questionamentos, e alçou voo rumo às regiões celestiais. É quando Habacuque se alegra e ora em meio à desolação. É quando Davi salmodia na caverna escura e fria. É Paulo e Silas cantando no tronco com as costas em carne viva.
Paradoxalmente, a segunda maneira que Deus usa para fortalecer a fé é surpreendendo nossa desesperança. É quando os soldados de Faraó chegam às pressas ao calabouço e chamam José. É quando identificamos o Senhor no redemoinho tormentoso e isso altera nosso destino. É Moisés aos 80 anos de vida recebendo a revelação da Vida. É o paralítico andar após 38 anos no sofrido camarote de Betesda. É quando chegamos ao fim de nossa força, paciência, perseverança e esperança - e Deus nos surpreende com Seu poder. É Abraão ouvir o primeiro choro de Isaque. É a viúva ver o óleo escorrer de dentro da vasilha mais seca. É o terremoto que surpreende e liberta Paulo, Silas e o carcereiro.
Ambas as coisas nos fortalecem! O Cristo crucificado, mesmo chocante, nos fortalece a ir além do imaginado; mas também a visão de Sua tumba vazia mostra que, no tempo certo, Deus faz do impossível a Sua matéria-prima, e do fim e do nada o começo de tudo. Assim, Ele é glorificado quando anoitece e eu continuo com Ele, e também quando a noite que julguei interminável é surpreendida pela explosão de Sua alvorada! E quando isso acontece, peregrinos, nossos olhos se enchem de lágrimas e a boca de riso. O mais profundo silêncio é quebrado, curiosamente, pela paz...
É quando Ele vem bem perto e sussurra: "Filho, o que você chama de fim Eu chamo de começo!"
Huuuu muito bom o estudo cara...
ResponderExcluireu queria que fosse só "pela desesperança surpreendida", mas na verdade não tem o 2º sem o 1º, não a felicidade sem ter conhecido a tristeza, que Cristo nos ajude a entender o que fazer em cada uma dessas horas...
Matou a pau!
ResponderExcluirE bordoada de toco de pau dói hein.... viixiii...
Mas quando tem um sentido, vale a pena! rs
Primeira vez que entro no blog.
ResponderExcluirSem palavras, Teo...
Podia estar falando de mim, ou pra mim... É Deus falando através de você.
Traduz em palavras tão bem talhadas os sentimentos que povoam meu coração e minha mente.
Continua, pois Deus é contigo!!!
Agora sou fã desse blog!!!
Pois é, não existe sofrimento sem glória. Como diz em Romanos 8.17b: "se é certo que com ele sofremos, com ele também seremos glorificados". O que conforta é que o mesmo Espírito que ressuscitou a JESUS hoje habita em nós, dando perspectiva e esperança às nossas maiores improbabilidades! E Ele é fiel.
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